O Geist, o Mana e a "magic naturalis" na espada e feitiçaria de Clark Ashton Smith

Zothique é um não-lugar, embora muito concreto e real: Clark Ashton Smith imagina um mundo em que nossa tecnologia atual não existe, e os homens vivem imersos em forças elementares concretas e poderes invisíveis, mas que atuam sobre o que é terreno.

“Além do Real”, ou da dignidade literária do Fantástico

A literatura fantástica ainda é considerada por muitos como paraliteratura; "Além do Real", o novo volume publicado pela GOG edizioni nos ajuda a afirmar o contrário, analisando a obra de cinco dos mais importantes autores do gênero desde o final do século XIX até hoje: Lovecraft, Machen, Meyrink, Tolkien e Ashton Smith. 

“Além do Real”: por uma Metafísica do Fantástico

A da narração nasceu como uma prática profundamente sagrada: ao narrar e narrar o mundo, o homem continuamente o recria e o restabelece, pois “não vive mais em um universo puramente físico, mas em um universo simbólico. A linguagem, o mito, a arte e a religião fazem parte desse universo, são os fios que compõem o tecido simbólico, a teia emaranhada da experiência humana”. A narração logo se torna a chave para as inúmeras portas do Mistério, para uma relação entre dimensões diferentes, mas autenticamente reais.

"Além do real"

A dimensão do fantástico sempre existiu. Na antiguidade, por meio de mitos, sagas, lendas e cosmogonias, o ser humano moldava suas crenças e motivava suas ações. Hoje o fantástico continua a permear a vida e o inconsciente coletivo do homem, expressando-se com meios certamente diversos, mas sempre capazes de magnetizar nossas bússolas interiores. Lovecraft, Machen, Meyrink, Smith e Tolkien são cinco autores paradigmáticos deste gênero, finalmente apresentados em toda a sua dignidade literária e filosófica no novo ensaio publicado pela GOG edizioni.