Nietzsche, o arqueiro, o arco e a corda bamba da vontade

A vastidão e a complexidade do pensamento nietzschiano encontram uma feliz síntese nos símbolos evocativos do arqueiro, do arco e da flecha; metáforas que o filósofo costuma usar em seus principais escritos, tanto que no Prólogo do “Zaratustra”, uma de suas primeiras advertências é: «Ai! Aproximam-se os tempos em que o homem não mais atirará a flecha do desejo para além do homem, e a corda do seu arco terá desaprendido a vibrar».