Os sequestros das Fadas e o mistério do "Missing 411"

Todos os anos dezenas de pessoas desaparecem repentinamente nos Parques Nacionais dos Estados Unidos, em situações inexplicáveis ​​e sem deixar vestígios; O detetive David Paulides, que há décadas estuda esses casos misteriosos que ele definiu como "Missing 411", identificou alguns padrões recorrentes que, analisados ​​à luz de tradições antigas (europeias e nativas americanas), nos trazem de volta às crenças folclóricas sobre os "bebês d'água" e outras entidades ferozes residentes no "mundo invisível", às quais se acredita ora que o ser humano, queira ou não, tem acesso, ora para nunca mais voltar ao nosso mundo.

O fenômeno da paralisia do sono: interpretações folclóricas e hipóteses recentes

Os mitos e as crônicas do folclore nos transmitiram com extrema clareza a forma como os antigos enquadravam esse fenômeno: surpreendentemente, todas as crônicas e lendas da antiguidade concordam em afirmar que o responsável por essas experiências perturbadoras é um certo tipo de entidades astrais - às vezes rotulados pelas mentes modernas como 'espíritos', outras vezes como 'demônios', muitas vezes também como 'fadas' e afins - que conduzem seus ataques apenas durante a noite, muitas vezes pressionando o corpo da vítima adormecida e às vezes se divertindo com o assunto uma relação sexual. Essas entidades, em várias culturas, foram chamadas de diversas maneiras, sendo as mais conhecidas para nós ocidentais as de derivação latina: 'súcubos', 'pesadelos' e 'larvas'.

di Marco Maculotti
capa: Johann Heinrich Füssli, Pesadelo

A paralisia do sono, também chamada de alucinação hipnagógica, é um distúrbio do sono em que, entre o sono e a vigília (portanto, no momento antes de adormecer ou no instante antes de acordar) de repente se encontra incapaz de se mover. Na maioria das vezes, de acordo com o que dizem aqueles que sofrem desse transtorno, a paralisia começa com uma sensação de formigamento que percorre o corpo, atingindo a cabeça, dentro da qual o sujeito sente uma espécie de zumbido “como um enxame de abelhas” ou um som semelhante ao de uma máquina de lavar ou um “bater e chiar de objetos de metal”. Muitas vezes a vítima dessa experiência tenta gritar por socorro, conseguindo na melhor das hipóteses sussurrar baixinho, experimentando também a desagradável sensação de ouvir a própria voz sufocada por algo anormal.

Muitas vezes, se a vítima está na cama com alguém, este não percebe nada, a ponto de muitas vezes até os fenômenos mais perturbadores (sons e ruídos aterrorizantes, vozes incompreensíveis, às vezes até estranhas luzes não naturais vindas de fora) conseguem despertar a atenção daqueles que não passam pelo episódio em primeira pessoa. Também pode acontecer que o súcubo (que, se outrora foi o nome da misteriosa entidade causadora do fenômeno, agora é o termo pelo qual a ciência médica se refere à 'vítima') ouça vozes familiares - ou, às vezes, até 'demoníacas' - ligando para ele, ou discutindo uns com os outros por trás do assunto ou, pior ainda, sussurrando perto de seu pescoço, muitas vezes por trás, com uma voz perturbadora.

A ciência acredita que esse estado anormal se deve à persistência do estado de atonia que os músculos apresentam durante o sono e é causado por uma discrepância entre a mente e o corpo: com a consequência de que, embora o cérebro esteja ativo e consciente e o sujeito muitas vezes pode ver e perceber claramente o que o cerca, apesar disso o corpo permanece em estado de repouso absoluto, a ponto de qualquer movimento ser impedido pela duração da experiência. É claro que a ciência nega a realidade das experiências vividas durante essa misteriosa experiência, reduzindo-as a meras alucinações causadas por alterações igualmente misteriosas no equilíbrio cerebral dos sujeitos, que ocorreriam no exato momento da transição entre vigília e sono – e vice-versa. vice-versa.