O portador do fogo: Prometeu e o sentido do trágico na Grécia antiga

Por um lado o fogo representa o Logos, mas por outro Prometeu encarna a natureza selvagem da cosmologia antiga, em oposição à racionalização implementada pela sociedade da pólis sobre o mundo exterior à civilização helênica considerada "bárbara" e irracional. O próprio sentido do trágico baseia-se exatamente na esfera da não-racionalidade, na representação mítica das sombras inconscientes da população grega da polis e do próprio homem.

“Na parede do tempo”: as profecias de Ernst Jünger sobre a Era dos Titãs

Há 125 anos, em 29 de março de 1895, nascia em Heidelberg Ernst Jünger, um dos pensadores mais importantes e originais do curto século. Sessenta anos se passaram desde a publicação de sua obra "Na parede do tempo" que, relido hoje, só pode nos surpreender pela pontualidade das profecias que contém sobre o mundo por vir, o mundo em que nos encontramos hoje vivendo: da figura paradigmática do "soldado desconhecido" ao advento do chamado "homem-massa", passando pelo fenômeno do "desaparecimento das fronteiras" e chegando finalmente a evidenciar o trabalho de destruição dos ritmos naturais em que o homem sempre foi inserido, realizado por meio do "titanismo" da Ciência.

“Lembro-me da Lemúria!”: O Mistério do Barbeador, um mito para a era atômica

Trazido à tona pela revista pulp "Amazing Stories", dirigida por Ray Palmer, na década de 40 do século passado, o "Mystery Shaver" ainda hoje é lembrado como um dos capítulos mais polêmicos e influentes da veia - a meio caminho entre ocultismo e ficção científica - da chamada “Realidade Alternativa”.

Civilizações "subterrâneas" no mito, ocultismo e "realidade alternativa"

Simultaneamente com a publicação do nosso artigo sobre "Civilizações do Submundo na Literatura Fantástica" apareceu em Dimensão Cósmica, elaboramos aqui um breve excurso sobre o mesmo topos nas tradições sagradas, na esfera esotérica e na "realidade alternativa" do século XX

Humanidade antediluviana, gigante e "gentil"

Continuamos aqui o discurso sobre a tradição andina, abordado anteriormente nos quatro artigos que já publicamos sobre EIXO MUNDIAL [cfr. "Cadernos Andini", Dentro América antiga]. Para encerrar, também teremos a oportunidade de fazer algumas comparações com outras tradições, incluindo mexicana, helênica, celta e nórdica).

di Marco Maculotti
capa: Machu Picchu, foto do Autor

Intimamente ligado à doutrina dos ciclos e da pachacuti [cf. Pachacuti: ciclos de criação e destruição do mundo na tradição andina] é a crença na existência de antigas raças proto-humanas que povoaram nosso planeta antes do advento do "Quinto Sol" - raças que, como vimos [cf. Viracocha e os mitos das origens: criação do mundo, antropogênese, mitos de fundação], são eliminados ciclicamente, ao final de cada "Grande Ano", por um evento catastrófico, para deixar espaço para a humanidade do próximo ciclo (semelhante ao mito hesiódico).